Time de futebol amador é a molesta dos cachorros pra ter jogador irresponsável. Também pudera, os desgraçados têm que comprar chuteira, calção, meião e o diabo a quatro...
Num domingo desses a equipe do Independente de Pedrinho foi se apresentar no Povoado de Itã, município de Carnaíba.
Os peladeiros daqui têm o costume de ficar nas beiras de pista esperando algum carro, seja o time que for para brincar dentro das quatro linhas, é o chamado “pega na rua”.
Pois bem, tem um jogador no Bairro da Ponte por nome de Pelado, o bicho é ruim que só a palavra “teje preso’. O infeliz aguardava no bendito dia, um carro desses pra jogar, aí por arto do capeta ele subiu na F-4000 que levava o time do Independente.
O peste foi recebido com muito carinho, mas na hora do espetáculo no pedregulho da Itã andou aprontando algumas. Por pouco não arranjou uma briga com um matuto e quando acabou o jogou encheu o tolé de cachaça. O Independente empatou em 0x0 com o Juventude, por sinal eu participei da tarde esportiva jogando no segundo quadro. Aposto que se Aldo Vental ver isso vai tirar onda, mas ele também jogou aspirante o tempo todo...
Pedro Marcelino sempre gostou de fazer animação durante as viagens em cima das carrocerias ao som de um pandeiro, de um triângulo e de uma zabumba. As músicas eram bastante manjadas e a galera tava arretada de tanto ouvir, o Pano de Coar Dentro, Adalgisa, e a música intitulada Mané de Louro...
Na volta Pedrinho inventou de cantar e desafinado que só a gota serena lascou o pandeiro pra cima acompanhado dos outros instrumentos. Uma meia dúzia gostava e até soltava a voz timidamente, pois as músicas eram conhecidas de tanto o danado cantar.
Pelado, como já falei ruim que só germe de porco na tua cabeça, tentou tirar umas com Marcelino e começou a gritar no meio dos jogadores tirando a concentração nas músicas. A estrada já escura e várias vozes acompanhando Pedrinho, aí o desgramado aproveitou com uma voz fina, até então desconhecida.
- Isso é uma porcaria, beeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Era cada berro que até quem estava na cabine ouvia.
Ao se sentir incomodado Pedrinho bateu no vidro do carro pediu que parasse e advertiu – alguém está com gracinha aqui atrapalhando minhas músicas, se eu descobrir vou botar pra descer!
O carro seguiu novamente, mas a poucos metros Pelado deu outro berro. Pedrinho bateu no vidro e pediu que o motorista parasse novamente. Aí novamente fez as mesmas recomendações e avisou que ia colocar o engraçadinho pra descer do carro. Mas nenhum deles acusou-se.
Novamente o motorista deu na chave e meteu o pé no acelerador com tanta indignação que a fumaça subiu na escuridão... Nisso, Pelado deu outro berro aproveitando a raiva do motorista que estava apressado para assistir a missa com padre João carlos Acioly, vigário de Afogados na época.
Impriquitado Pedrinho gritou – para esse carro aí motorista, que eu quero descobrir quem é este palhaço!
O motorista lascou o pé no freio que foi suvaco fedorento pra todo lado. Os cabras todos suados depois do jogo; tava uma carniça triste. Voou garrafa de cana de toda espécie por cima do gigante.
Sem agüentar mais, Pedrinho perguntou aos jogadores: – nós viemos para o jogo em paz?
Aí todos responderam – sim viemos!
Novamente ele perguntou – nós estamos voltando para casa em paz?
Aí quando chegou nesta parte Pelado gritou lá do fundo da carroceria – pois não padre Marcelo Rossi!
Aí Pedrinho retrucou – O palhaço é você mesmo, bora desça do carro e pode ir a pé pra você aprender!
O jogador desceu e tirou a pé da Itã até o bairro da Ponte onde se esconde.
Num domingo desses a equipe do Independente de Pedrinho foi se apresentar no Povoado de Itã, município de Carnaíba.
Os peladeiros daqui têm o costume de ficar nas beiras de pista esperando algum carro, seja o time que for para brincar dentro das quatro linhas, é o chamado “pega na rua”.
Pois bem, tem um jogador no Bairro da Ponte por nome de Pelado, o bicho é ruim que só a palavra “teje preso’. O infeliz aguardava no bendito dia, um carro desses pra jogar, aí por arto do capeta ele subiu na F-4000 que levava o time do Independente.
O peste foi recebido com muito carinho, mas na hora do espetáculo no pedregulho da Itã andou aprontando algumas. Por pouco não arranjou uma briga com um matuto e quando acabou o jogou encheu o tolé de cachaça. O Independente empatou em 0x0 com o Juventude, por sinal eu participei da tarde esportiva jogando no segundo quadro. Aposto que se Aldo Vental ver isso vai tirar onda, mas ele também jogou aspirante o tempo todo...
Pedro Marcelino sempre gostou de fazer animação durante as viagens em cima das carrocerias ao som de um pandeiro, de um triângulo e de uma zabumba. As músicas eram bastante manjadas e a galera tava arretada de tanto ouvir, o Pano de Coar Dentro, Adalgisa, e a música intitulada Mané de Louro...
Na volta Pedrinho inventou de cantar e desafinado que só a gota serena lascou o pandeiro pra cima acompanhado dos outros instrumentos. Uma meia dúzia gostava e até soltava a voz timidamente, pois as músicas eram conhecidas de tanto o danado cantar.
Pelado, como já falei ruim que só germe de porco na tua cabeça, tentou tirar umas com Marcelino e começou a gritar no meio dos jogadores tirando a concentração nas músicas. A estrada já escura e várias vozes acompanhando Pedrinho, aí o desgramado aproveitou com uma voz fina, até então desconhecida.
- Isso é uma porcaria, beeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Era cada berro que até quem estava na cabine ouvia.
Ao se sentir incomodado Pedrinho bateu no vidro do carro pediu que parasse e advertiu – alguém está com gracinha aqui atrapalhando minhas músicas, se eu descobrir vou botar pra descer!
O carro seguiu novamente, mas a poucos metros Pelado deu outro berro. Pedrinho bateu no vidro e pediu que o motorista parasse novamente. Aí novamente fez as mesmas recomendações e avisou que ia colocar o engraçadinho pra descer do carro. Mas nenhum deles acusou-se.
Novamente o motorista deu na chave e meteu o pé no acelerador com tanta indignação que a fumaça subiu na escuridão... Nisso, Pelado deu outro berro aproveitando a raiva do motorista que estava apressado para assistir a missa com padre João carlos Acioly, vigário de Afogados na época.
Impriquitado Pedrinho gritou – para esse carro aí motorista, que eu quero descobrir quem é este palhaço!
O motorista lascou o pé no freio que foi suvaco fedorento pra todo lado. Os cabras todos suados depois do jogo; tava uma carniça triste. Voou garrafa de cana de toda espécie por cima do gigante.
Sem agüentar mais, Pedrinho perguntou aos jogadores: – nós viemos para o jogo em paz?
Aí todos responderam – sim viemos!
Novamente ele perguntou – nós estamos voltando para casa em paz?
Aí quando chegou nesta parte Pelado gritou lá do fundo da carroceria – pois não padre Marcelo Rossi!
Aí Pedrinho retrucou – O palhaço é você mesmo, bora desça do carro e pode ir a pé pra você aprender!
O jogador desceu e tirou a pé da Itã até o bairro da Ponte onde se esconde.
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